quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O novo DNA do samba (parte 2)

O carnavalesco Paulo Barros tem sido motivo de muito comentário desde 2004, quando se responsabilizou pela criação do desfile da Unidos da Tijuca. Naquele ano, a escola apresentou o enredo “O sonho da criação e a criação do sonho: a arte da ciência no tempo do impossível”, trazendo para a Sapucaí o carro do DNA, o que deixou muita gente de queixo caído. Ele, no entanto, trabalha no Carnaval desde 1994. Sua estréia na passarela do samba foi pela escola Vizinha Faladeira, que está no grupo B.
Confira a segunda parte da entrevista de Paulo Barros ao blog Folia e Dignidade:

FOLIA E DIGNIDADE – Você se ressente de não ter sido campeão nas escolas para as quais têm trabalhado, mesmo depois de ter sido “apresentado” ao mundo do samba como a grande novidade? Considerou injusta a coloca;ao que as escolas receberam?
PAULO BARROS – Não estou ressentido pelas escolas não terem sido campeãs, mas considerei injusta a colocação, mas sobre isso não tenho nada mais a declarar.

FOLIA E DIGNIDADE – Desde quando trabalha no Carnaval carioca? Para quais escolas já trabalhou?
PAULO BARROS – Em 1994 e 1995 fiz o Carnaval da Escola de Samba Vizinha Faladeira, do grupo B. Em 1999, 2000 e 2001 trabalhei para a Arranco do Engenho de Dentro e em 2002 na Escola de Samba Vizinha Faladeira. Em 2003, fiz o desfile para a Paraíso do Tuiutí, também do grupo B. E a partir de 2004 comecei a trabalhar para o grupo Especial. De 2004 a 2006 fui o carnavalesco da Unidos da Tijuca e desde o Carnaval 2007 estou na Unidos do Viradouro.

FOLIA E DIGNIDADE – No Carnaval, qual tem sido a sua “escola”? Você se inspira em alguém em especial ou em algum carnavalesco em especial?
PAULO BARROS – Como carnavalesco trabalho desde 1994, quando comecei na Vizinha Faladeira. Mas desde os 12 anos freqüento e participo do Carnaval de uma forma ou de outra. E minha inspiração sempre foi ser diferente dos outros. Fazer sempre algo novo.

FOLIA E DIGNIDADE –Você se considera a grande novidade do Carnaval dos últimos anos?
PAULO BARROS – Não. Só me considero um artista que procura um diferencial.

FOLIA E DIGNIDADE – Qual carnavalesco que você mais admira? Quem você considera seu principal concorrente?
PAULO BARROS – Todos são fortes concorrentes. E sempre tive muita admiração pelo trabalho do Fernando Pinto.


(a terceira e última parte da entrevista continua amanhã)

* Andrea Catão
** Na imagem que abre esse post, o carro do DNA, criação de Paulo Barros na Unidos da Tijuca em 2004 (foto: Divulgação)

4 comentários:

Anônimo disse...

O blog está ótimo.

Parabéns

Ci

Anônimo disse...

O que eu mais gosto nesta história toda é que o cara não ganhou o Carnaval, mas é o cara que todo mundo está falando alguma coisa. E realmente ele é um profissional e tanto.

Beijos

João

Anônimo disse...

ah, o carro do dna...
a tijuca deveria ter sido a campeã, sem discussão.
é a minha escola preferida por causa do carnaval de 2004.

h.

Anônimo disse...

Tenta uma entrevista também com a carnavalesca Rosa Magalhães, da Imperatriz. Adoro o carnaval que ela faz.

Bjs
Marcia